Tancredo Neves, companheiro da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos, encontrada morta neste domingo (11) dentro do próprio carro, em São Sebastião do Passé, é o principal suspeito da morte da servidora. Ele foi autuado em flagrante por crime de feminicídio (veja aqui).
O suspeito possui um histórico de diversos crimes, um deles é o exercício ilegal da profissão de médico. Segundo a polícia, ele se apresentava como médico sem possuir registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
De acordo com a Polícia Civil, Tancredo teria estudado medicina em outro país, mas não passou pelo processo de revalidação do diploma, o que o impede de atuar legalmente no Brasil.
Além dessas irregularidades, o suspeito enfrenta acusações de não pagamento de pensão alimentícia, mesmo ostentando um estilo de vida luxuoso em suas redes sociais.
Tancredo Neves também possui histórico de violência contra mulher, inclusive contra a delegada Patrícia Jackes. Ex-namoradas e ex-companheiras de Tancredo também o acusam de agressões físicas.
A delegada Patrícia Neves Jackes Aires era mãe, atuava como plantonista e era ativa no enfrentamento às violências de gênero. Bacharel em Direito e especialista em Direito Penal e Processo Penal, a delegada tomou posse em 2016, sendo designada em seguida para a Delegacia Territorial de Barra, no oeste do estado. Posteriormente, serviu em Maragogipe e São Felipe, antes de ser lotada em Santo Antônio de Jesus, onde atuava como plantonista.
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