O primeiro atendimento para salvar a vida de uma paciente de 74 anos, que apresentava quadro grave de hemorragia vaginal foi prestado no Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher) nesta sexta-feira, 22, após ter o atendimento negado no Hospital Geral Clériston Andrade – unidade referência para urgência ginecológica.
Apesar de não ser perfil de atendimento do Hospital da Mulher, a paciente foi internada e está recebendo a assistência necessária de suporte à vida. Estão sendo feitos exames para avaliar o quadro de saúde.
O diretor geral do Hospital da Mulher, Francisco Mota, afirma que no momento a idosa se encontra estável.
“Estamos fazendo o possível para concluir o diagnóstico. Ela já vinha com sangramento há algum tempo e realizou a biópsia do colo do útero no CMPC [Centro Municipal de Prevenção ao Câncer] para elucidação do quadro de saúde. Precisou ser atendida com urgência por uma ambulância do SAMU pois o sangramento piorou e foi transferida para a unidade de referência, onde teve o atendimento negado”, explica o diretor.
Ainda de acordo com Francisco Mota, o Hospital da Mulher prestou o socorro imediato. “Agora será avaliada a necessidade de inserir no sistema de Regulação do Governo do Estado, mas não descartamos a possibilidade”, frisou.
Em nota, o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) esclareceu a situação:
“A obstetrícia do HGCA foi transferida para o HEC, que é referência em parto de alto risco e ginecologia. A paciente citada não tem perfil de HGCA, inclusive a residência em ginecologia que antes era feita no HGCA, agora está sendo realizada no Hospital Municipal da Mulher. Ou seja, se nesta unidade tem residência em ginecologia e obstetrícia, como não pode atender pacientes de ginecologia?“
As informações são da Secom.
