Histórias sociais promovem inclusão e o desenvolvimento de crianças atípicas

De acordo com pesquisas, as histórias sociais têm demonstrado melhorias significativas na interação e comportamento adaptativo

Foto: divulgação

As histórias sociais para crianças atípicas exercem um papel fundamental na promoção da compreensão, empatia e inclusão. Essas narrativas cuidadosamente estruturadas e visualmente atrativas fornecem uma ferramenta valiosa para crianças com transtornos do espectro autista, deficiências cognitivas e outras necessidades especiais.

De acordo com pesquisas publicadas em periódicos renomados, como o Journal of Autism and Developmental Disorders e o Journal of Positive Behavior Interventions, intituladas de ‘Uso de histórias sociais em sala de aula para crianças com autismo’, das especialistas Mirella Cassia da Silva, Ana Arantes e Nassim Chamel, as histórias sociais têm demonstrado melhorias significativas na compreensão social, interação e comportamento adaptativo dessas crianças.

Os estudos realizados pela especialista Carol Gray, autora do livro ‘o novo livro de histórias sociais’, também mostram a eficácia dessas narrativas curtas e personalizadas na compreensão de questões sociais pelas crianças atípicas.

Dentro dessa perspectiva, o Espaço Girassol, localizado no bairro Cabula, tem se destacado como um ambiente de referência na promoção da educação e inclusão de crianças atípicas. Sob a liderança de Carla Maria – Pedagoga, Especialista em Gestão Escolar pela Universidade de São Paulo (USP), Acompanhante Terapêutica, Mediadora Escolar pelo CBI of Miami, ele vem desenvolvendo atividades de interação que proporcionam o fortalecimento social e emocional dessas crianças.

Reconhecido por sua abordagem personalizada e inclusiva, o espaço valoriza as necessidades específicas de cada criança atípica. Carla, como figura central nesse processo, utiliza estratégias e abordagens que promovem o desenvolvimento social e emocional das crianças, utilizando o ambiente do Girassol como um local acolhedor e seguro.

“Promover atividades que trabalhem interação social é muito importante para crianças com déficit na interação social. Através de brincadeiras de grupo ou em pares, podemos  trabalhar questões sociais e ensinar a criança a ser parceiro de jogo, brincar compartilhado, esperar a vez para que cada um execute a brincadeira”, explica a especialista

O trabalho da especialista vai além das atividades de interação. O espaço especializado oferece suporte e intervenções abrangentes, como treino de habilidades sociais em pares, mediação em atividades de grupo no ambiente escolar e acompanhamento em passeios ou viagens. “Procuramos organizar práticas pedagógicas que atendam às necessidades específicas de cada criança. Uma criança que apresenta déficit na interação social, terá em seu planejamento, atividades e treinos que promovam o desenvolvimento dessa habilidade que ainda não foi adquirida. É muito importante trabalhar a comunicação e informar as instruções de como vai ser feito cada brincadeira para que a criança preste atenção e tente seguir as regras”, comenta a mediadora.

A Acompanhante Terapêutica acrescenta um dos desafios mais encontrados ao trabalhar com crianças atípicas em atividades de interação e a maneira utilizada para superar os desafios. “Muitas crianças neuroatipicas apresentam déficit na interação social e o acompanhamento pedagógico do Espaço, consiste em avaliar quais as áreas do desenvolvimento estão comprometidas e podem ser trabalhadas. Se a criança apresenta pouca habilidade social, vamos trabalhar isso nos encontros. Promovendo atividades, brincadeiras, contação de histórias e histórias sociais que ensinam sobre essa habilidade ainda não desenvolvida ou pouco desenvolvida”, conclui Carla Maria..

Com o compromisso de promover a inclusão e a educação de crianças atípicas, o Espaço Girassol continua a ser um exemplo inspirador na busca por uma sociedade mais acolhedora e igualitária.