O Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações aponta que Feira de Santana possui coberturas vacinais abaixo de 50% no que tange a BCG (43,70%), Hepatite B (47,74%) e Febre Amarela (41,83%). A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) chamou a gestão municipal de “ineficiente”.
Segundo nota da Sesab, a ausência de ações de busca ativa do público-alvo, sobretudo, crianças, bem como a ineficácia das ações de sensibilização por parte da Prefeitura de Feira de Santana, são refletidas ainda na baixa cobertura vacinal das vacinas contra o Rotavírus Humano (54,36%), Pentavalente (56,13%), Meningococo C (56,13%), Tríplice Viral (55,59%) e Poliomielite (55,57%). Além disso, mais de 200 mil pessoas com mais de 12 anos estão com doses em atraso contra a Covid-19.
A poliomielite, por exemplo, foi erradicada do Brasil há 33 anos e pode se espalhar rapidamente entre comunidades com cobertura vacinal inadequada. A doença não é tratável, mas é totalmente evitável por vacinação. Aumentar a cobertura de vacinação é essencial para manter Feira de Santana, a Bahia e o Brasil livres da pólio.
A coordenadora de imunização do Estado, Vânia Rebouças, alerta que “quando temos uma diminuição das coberturas vacinais, a gente aumenta o número de pessoas vulneráveis ao adoecimento. E o risco é muito maior de ter o reaparecimento de doenças que são muito bem controladas e eliminadas com a vacinação”, afirma.
O que diz o prefeito – Em entrevista ao programa Acorda Cidade, Colbert Martins chamou as afirmações do governo do estado de “situação orquestrada”, e disse que estão apontado situações inexistentes para culpar a prefeitura municipal.
“Não tenho a menor ideia, não estou no palanque e estou trabalhando como qualquer cidadão. Trata-se de uma situação orquestrada, fortíssima na área da saúde. É algo que como médico, as pessoas querem atingir a mim, mas vou continuar a respeitar a população da minha cidade”, disse.
Com informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e do programa Acorda Cidade.
