Veja o que se sabe sobre os baianos presos com cocaína na Tailândia

Duas irmãs e um homem de Feira de Santana foram flagrados com o entorpecente no país asiático.

Foto: Reprodução

Duas irmãs de Feira de Santana foram presas no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, ao serem flagradas com cocaína ao tentar entrar no país. Samara Taxma Chalegre Muritiba e Daiana Chalegre Muritiba foram detidas no dia 13 de junho, junto com uma terceira pessoa, um homem identificado como Laécio José Paim das Virgens Filho.

A mãe das duas irmãs informou que elas foram enganadas e a defesa tenta provar que alguém colocou a substância ilícita na bagagem delas. A advogada Kaelly Cavoli Miranda, que representa as mulheres, contudo, não informou quem seria essa pessoa.

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Confira o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso.

  • Quem foi preso?
  • Quando e onde aconteceram as prisões?
  • Quem era o homem com as mulheres?
  • O que diz a defesa das irmãs?
  • Qual a situação atual do trio?
  • Em caso de condenação, que tipo de pena pode ser aplicada?
  • O que dizem as autoridades?

Quem foi preso?

As irmãs Samara Taxma Chalegre Muritiba e Daiana Chalegre Muritiba foram detidas no dia 13 de junho. Elas estavam com um homem identificado como Laécio José Paim das Virgens Filho, que também foi preso.

Quando e onde aconteceram as prisões?

Samara, Daiana e Laécio foram presos no dia 13 de junho, no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, ao serem flagradas com cocaína ao tentar entrar no país.

Quem era o homem com as mulheres?

A defesa de Samara e Daiana diz que a família não confirmou que havia um vínculo entre elas e Laécio Filho. Disse ainda que as irmãs teriam sido enganadas por uma pessoa, que colocou a substância ilícita na bagagem delas. Portanto, ainda não se sabe se Laécio é o homem que a família diz ter enganado as mulheres, nem qual é a relação entre o trio.

O que diz a defesa das irmãs?

Em entrevista ao g1, Kaelly disse que as duas têm empreendimentos em Feira de Santana – Samara tem uma clínica estética e Daiana é dona de uma loja de roupas –, nunca tiveram envolvimento anterior com questões que as comprometessem com a Justiça e trabalha para provar que elas foram enganadas ou extorquidas para irem a Tailândia.

Qual a situação atual do trio?

Depois de serem detidas 13 de junho, Samara e Daiana foram levadas para uma área no presídio onde permaneceram isoladas por causa das restrições da Covid-19. Na sexta-feira (1º), a advogada disse que o escritório iria contratar um advogado na Tailândia, para acompanhar as jovens de perto e teria mais informações nos próximos dias.

Sobre Laécio, o g1 busca contato com familiares ou representantes, mas ainda não conseguiu localizar a defesa do homem.

Em caso de condenação, que tipo de pena pode ser aplicada?

Uma pessoa flagrada com drogas na Tailândia pode ser punida até com a pena de morte, dependendo do tipo e da quantidade do entorpecente.

Uma pessoa flagrada com drogas na Tailândia pode ser punida até com a pena de morte, dependendo do tipo e da quantidade do entorpecente.

Conforme a lei do país:

  • a heroína é considerada categoria 1, passível de pena de morte;
  • a cocaína – pertence à categoria 2, e tem como pena máxima 15 anos de prisão.

No entanto, conforme especialistas, a decisão para as penas de categoria 2 varia de acordo com a interpretação do juiz local.

O que dizem as autoridades?

O Itamaraty, por meio da embaixada brasileira em Bangkok, informou que acompanha a situação e presta assistência aos brasileiros, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.

O órgão disse também que não poderia passar informações detalhadas a respeito da prisão, de acordo com o direito à privacidade e conforme a Lei de Acesso à Informação.

Outros brasileiros presos na Tailândia

Além dos três baianos presos em junho, pelo menos outros quatro brasileiros foram flagrados pela Justiça tailandesa ao tentar entrar com drogas no país.

No mês de fevereiro, três pessoas foram presas no aeroporto de Bangkok, também por tráfico de cocaína. Uma jovem de Pouso Alegre (MG), identificada como Mary Hellen Coelho Silva, 21 anos; um homem de nome Jordi Vilsinski Beffa, 23 anos, morador de Apucarana (PR); e um morador de Curitiba, Ricardo de Almeida da Rosa, 26 anos.

Eles foram presos em duas situações distintas. De acordo com as autoridades tailandesas, primeiro foram presos Ricardo e Mary. Eles saíram de Curitiba e, após escalas, chegaram ao país em um voo, por volta das 7h do dia 14 de fevereiro.

Horas depois, as autoridades prenderam o jovem de Apucarana. Ele chegou ao aeroporto em outro voo. As autoridades informaram não saber se ele conhecia os outros suspeitos.

Segundo a Polícia Federal, eles foram aliciados por uma mulher identificada como Camila Raposo Broca, que foi presa no mês de maio na capital paranaense.

Na operação, os policiais cumpriram também dois mandados de busca e apreensão e o mandado de prisão contra a mulher.

No dia 10 de março, outro brasileiro foi preso também no aeroporto de Bangkok. Um homem de 33 anos, natural do Espírito Santo, foi flagrado enquanto transportava aproximadamente sete quilos de cocaína diluídos em produtos de beleza.

Segundo a Polícia Federal, a prisão aconteceu em uma ação de cooperação internacional. A PF divulgou que as investigações tiveram início no Espírito Santo, no dia 3 de março, quando policiais tentavam identificar um homem que estaria conectado a traficantes internacionais.

Alguns dias depois, foi possível confirmar sua identidade, mas para surpresa dos investigadores, ele havia partido para o Peru.

Os agentes da PF em Lima passaram as informações para as autoridades do Peru, na expectativa de que o localizassem e continuassem as ações para determinar o que o investigado estaria fazendo em território peruano.

Os policiais peruanos conseguiram localizar o hotel em que ele estava hospedado, mas receberam a informação de que ele já havia deixado o país com destino a Bangkok em um voo com rápida escala em Paris, na França.

As informações são do g1.