‘Falhas no processo’ prejudicam situação de motorista preso após supostamente ser obrigado a dirigir durante assaltos

Jefferson Santana trabalhava como técnico em refrigeração em um hospital e, ao fim do expediente, aceitava corridas por aplicativo.

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Desperta Cidade

Com “falhas no processo”, é “delicada” a situação do motorista por aplicativo Jefferson Bento Santana, preso há sete meses no Conjunto Penal de Feira de Santana após supostamente ser obrigado a dirigir enquanto dois homens realizavam assaltos. A afirmativa é da presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos em Aplicativo do Estado da Bahia (SINCAAP-BA), Viviã da Rocha. Ela utilizou a Tribuna Livre da Casa da Cidadania na terça-feira (26) para solicitar apoio dos vereadores e da população no caso de Jefferson.

Viviã da Rocha afirma que o sindicato tem dificuldades para obter todas as provas que comprovam a inocência do motorista por aplicativo. Por outro lado, ela informa que a corrida solicitada pelos supostos assaltantes foi negada por outros condutores com maior experiência no aplicativo. Insatisfeita, ela manifesta: “ele não tinha experiência e se deparou com essa situação lamentável, mas é impossível que isso se mantenha. Não cabe mais ao Brasil, à Bahia e à cidade de Feira de Santana passarem por este tipo de situação com um trabalhador, com uma pessoa que estava tentando obter um complemento para sua renda e, nessa tentativa, sair como marginal”.

Jefferson Santana trabalhava como técnico em refrigeração em um hospital e, ao fim do expediente, aceitava corridas por aplicativo. A sua esposa, Raquel Bartira Santana, que também discursou na Tribuna da Câmara, reitera a inocência do motorista: “fizeram ele de refém e ele foi preso como se fosse um dos bandidos, mas, na verdade, ele é uma vítima”.

As informações são da Ascom Câmara.