Depoimento do acusado de matar o médico Andrade durou mais de 10 horas; defesa alega homicídio culposo

Réu prestou depoimento ontem (26) no Fórum Felinto Bastos

Foto: Arte/Reprodução

Durou mais de 10 horas o depoimento do médico Geraldo Freitas de Carvalho Júnior, acusado de matar o colega de profissão e amigo Andrade Lopes Santana com um tiro na nuca no dia 24 de maio. A oitiva foi realizada na última sexta-feira (26) no Fórum Desembargador Felinto Bastos em Feira de Santana e, além do réu, foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação.

 

A defesa do acusado alegou homicídio culposo, quando não há intenção de matar, apresentando uma tese na qual, a vítima teria sido atingida por um tiro acidental durante uma discussão por causa de supostas mensagens no celular trocadas entre Andrade e um desafeto de Geraldo, planejando contra ele. “Tudo ocorreu em cima de uma moto aquática e Andrade pilotava a pedido dele mesmo. Estavam andando, pararam o jet pra poder conversar sobre as mensagens e infelizmente, Andrade estava de costas, no momento em que ele dá a cabeçada para trás, porque se assustou com a arma, o tiro pegou na nuca, mas poderia ter sido no ombro, de raspão, ou ter errado, mas infelizmente acertou na nuca”, disse o advogado Eustáquio Neto.

O corpo de Andrade foi encontrado dias depois do assassinato com uma âncora presa no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos. Sobre isso, os advogados de Geraldo defendem que o instrumento foi usado para tentar retirar o corpo da água, e não para afundar. Na época do crime, Geraldo chegou a registrar o desaparecimento na delegacia e prestar apoio à família da vítima. A defesa categorizou essas atitudes como uma “série de erros”.

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