Após o juiz federal Alex Schramm de Rocha determinar o bloqueio de bens em até R$ 24 milhões do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), e de outros quatro servidores por suspeita de fraude em nove licitações da prefeitura municipal com a Coofsaúde – cooperativa que prestou serviço terceirizado para a gestão, Ronaldo disse em entrevista ao De Olho na Cidade que está tranquilo em relação às acusações e ao bloqueio.
Segundo ele, nada do seu patrimônio foi adquirido com dinheiro público, e que casas, terrenos e outros, em sua maioria são oriundos de herança, principalmente a residência em que ele mora, que é da sua esposa.
“Isso é uma coisa bem simples, essa licitação é de pessoal, isso vai dar o direito da defesa, o MP se baseou numa informação dada por uma auditoria da CGU que foi divulgada no final de 2018, sobre isso já temos todos os levantamentos. Como nunca fui citado em nenhum momento, mas nesta agora colocaram meu nome, terei o direito da defesa, faremos sem nenhuma dificuldade, isso é chato, claro que é, quem teve uma vida como eu, 50 anos de servidor público, sem ter nada na vida, e vem uma decisão dessas, que nem fui ouvido, baseado numa informação de um técnico, é complicado. Por isso, vamos falar através do advogado, no momento adequado responderemos todas as questões que vierem para mim. Acho impossível um valor desta natureza, pois é pagamento de pessoal, como superfaturar? Acredito no julgamento justo e correto”, disse à reportagem.
O prefeito Colbert Martins se manifestou solidário ao ex-prefeito, a quem sucedeu no cargo. “É um homem honrado, com mais de 50 anos de vida pública sem qualquer mácula à sua imagem e que tem grande credibilidade junto a população. Haverá de confirmar a sua inocência”, disse por meio de nota da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom). Sobre os quatro ocupantes de cargos na Administração, o atual prefeito disse que todos continuam merecendo a sua confiança.