Órfãos há dois anos do São João, os feirenses, que detém tradição na maior manifestação cultural nordestina, receberam com insatisfação a programação montada pela prefeitura municipal para a celebração junina. Os dois dias de shows nos distritos de São José e Tiquaruçu nos dias 18 e 19 não atenderam a expectativa de quem esperava matar a saudade de uma das épocas mais aguardadas pelos baianos.
A festa foi realizada com o curto orçamento de R$ 1,1 milhão e deixou a população contrariada. Uma das principais queixas foi a falta de atrações nacionais, presentes nos festejos de cidades vizinhas como São Gonçalo dos Campos, Alagoinhas e Santo Antônio de Jesus.
A contenção de despesas no São João foi criticada na Câmara de Vereadores. “Respeito a decisão do prefeito, mas parece uma discriminação com a zona rural”, afirma Jurandy Carvalho. “Se a zona rural achar ruim e xingar, que xingue os autores do projeto, não os vereadores”, disparou Zé Carneiro.
Comentários como “Prefiro curtir em casa. Pior gestão de todos os tempos” e “Horrível, vergonhoso. Feira de Santana, a segunda maior cidade do estado da Bahia ter um São João fuleiro como esse”, tomaram conta das redes sociais.
O secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Jairo Carneiro Filho, informou que os festejos a São Pedro no município vão ocorrer nos dias 1º e 2 de julho, com atrações regionais nos distritos de Humildes, Jaíba e Bonfim de Feira. A programação está sendo fechada.
Em abril, o prefeito Colbert Martins já havia informado falta de recursos para realizar uma grande festa na cidade e que os focos estariam voltados para a realização da Micareta em setembro, que segundo ele, será uma “festa forte”.